Sexo é vida – Minha experiência com a Boston Medical Group ,

Primeiro: este é um repost. O original está aqui.

Resolvi repostar num sub maior pois acredito que meu relato teve um impacto positivo. MUITOS homens me mandaram mensagens privadas perguntando sobre meu tratamento e relatando problemas semelhantes ao que tive.

Sabendo que o tabu mantido sobre saúde sexual masculina é um dos maiores obstáculos que impede homens de procurar tratamento, vou insistir em manter o assunto em pauta. Também, aproveito para repetir o aviso em canal maior.

Aos homens que lerão o texto e quererão falar comigo, recomendo: procurem (boa) ajuda médica.

A seguir, o texto na íntegra:

Sexo é vida, né? Acho que todos que leram alguma revista de grande circulação no Brasil já devem ter visto essa propaganda. A Boston Medical Group é famosa no ramo de saúde sexual masculina, mundialmente.

Minha intenção aqui é relatar tudo que aconteceu quando me consultei com eles, procurando ajuda médica para um possível problema sexual.

Em agosto de 2019 comecei um relacionamento. A relação era boa, o sexo também, mas eu não conseguia manter uma ereção prolongada. Isso não era problema para ela pois sexo não é só penetração, e também não era tão problemático pra mim pois… rolava. Mas me incomodava um pouco não conseguir manter o pau durasso por meia hora. (vai vendo…)

Aí procurei a Boston. Sexo é vida.

Moro em Brasília e marquei uma consulta na clínica deles por aqui. Fica num edifício comercial no eixo monumental, bem próximo aos ministérios e praticamente ao lado da catedral.

Na clínica um rapaz bem simpático fez meu atendimento e me entregou uma ficha para preencher. Essa ficha perguntava dados pessoais, contato, e um breve histórico médico focado em problemas sexuais ou condições ligadas a eles. Me apontou um espaço reservado para preenche-la. Era bem pequeno: uma poltrona, uma mesinha minúscula e a porta de vidro translúcido.

Preenchi a ficha em 5 minutos, o rapaz a recolheu e ofereceu café, e permaneci na poltrona por mais 25 minutos até ser atendido pela médica.

Foi uma surpresa ser atendido por uma médica. Imaginei que seria atendido por um homem pois todos os funcionários que vi eram homens e também, vcs sabem, o machismo e masculinidade frágil e etc.

A médica tinha uma franqueza agradável. Revimos a ficha que preenchi, respondi cada pergunta novamente e com mais profundidade quando ela julgava necessário. A consulta prosseguiu e finalmente expliquei que os procurei pois meu pau não conseguia se manter ereto por muito tempo e tals. E aí começou o pesadelo.

Dando nome aos bois: disfunção erétil. A médica disse que isso geralmente é um problema vascular e teria que avaliar os vasos do meu pau pra determinar se ele é bem irrigado. Pra isso, era necessário fazer um doppler na base dele.

Na minha experiência com médicos, esse seria o momento que ela me passaria um pedido de exame. Mas não: o aparelho já estava no consultório.

O exame seria feito deitado e de calças arriadas. Eu agi como se estivesse fazendo aquilo pela primeira vez, a médica como se fosse a milionésima. Ela passou aquele gel gelado na base do meu pau, botou a sonda e aí apareceu a imagem dos meus vasos na tela.

Ela disse que os vasos pareciam muito finos mas isso poderia ser normal pois eu não estava com uma ereção naquele momento. Disse, então, que era necessário fazer o mesmo exame durante uma ereção para descobrir se estes vasos expandem quando necessário. Para isso, precisaria aplicar uma injeção no meu pau.

A ideia de uma injeção no pau não me agradou muito mas, né, vamos lá.

Ela buscou uma seringa bem diferente daquele formato clássico usual. A agulha era minúscula, devia ter uns 5 milímetros de comprimento, no máximo 1 cm, e bem fina. A dose era aplicada pela própria seringa, a médica só precisou enterrar a agulha. Não doeu nada, e por "nada" não quero dizer "muito pouco": foi indolor mesmo.

A injeção levaria um tempo para fazer efeito, então fui dispensado e voltei para o mesmo espaço reservado de antes. Enquanto isso, a médica atendia outro cliente.

5 minutos depois, senti uma coceirinha. 10 minutos depois o pau já tava duro. Aos 15 continuava duro. Aos 20 fui chamado de volta. Mesmo procedimento – deitado e calças baixas, gel gelado, sonda na base, imagem na tela.

Aí ela me disse (e lembro perfeitamente dessas palavras): "Vc tem a vascularização de um homem de 60 anos.". Detalhe importante: eu tinha 25 anos naquele momento. Meu sangue gelou.

Exame acabado, veio outra injeção e o pau murchou dentro de 5 minutos.

Nesse tempo, agora sentados à mesa, ela explicou que meus vasos mal se expandiam, que o fluxo de sangue seria realmente insuficiente e que não seria possível manter uma ereção duradoura nessas condições, e que meu caso era um dos piores que ela já viu. Como eu já era um homem crescido, os vasos já teriam passado pela fase final de crescimento e provavelmente essa condição estrutural seria pra vida toda. Eu PRECISARIA fazer um tratamento com injeções do mesmo remédio aplicado para fazer o exame. A duração média desse tratamento era de um ou dois anos mas no meu caso provavelmente seria necessário bem mais tempo.

Esse era o veredito. "Vc tem pau de idoso." Injeção no pau por um ano, com possibilidade de extensão pra sei lá quanto tempo.

Eu tava sem chão, foi a pior sensação da minha vida. Saudável a vida toda, nunca tive problemas de saúde, e aí numa consulta inocente para um simples incômodo descubro que meu pau veio com defeito de fábrica. O que mais poderia ter defeito?

Enfim, ainda sem conseguir digerir tudo isso, fui empurrado pra fora do consultório sem muita oportunidade para perguntas (que ainda não conseguia elaborar, também). Um homem veio e me puxou para uma sala próxima do consultório. Era o vendedor.

Ele queria saber se a médica tinha me explicado tudo sobre o tratamento e se eu tinha alguma dúvida. Eu, ainda em vertigem, disse que não, pode prosseguir. Então seguiu explicando que as injeções seriam aplicadas por mim com certa frequência e haveriam consultas de acompanhamento com a médica para avaliar a evolução.

Puxou uma maquininha e "O seu cartão é Visa ou Master?" Ainda zonzo, puxei meu cartão de crédito NuBank de universitário fodido. Foi aí que meu cérebro deu um estalo bem sonoro dentro do meu crânio e eu acordei. "Peraí, quanto é esse tratamento?", perguntei. A resposta: 20 mil reais por semestre. 12 se pagar a vista em dinheiro.

"OI?"

E aí eu comecei a tirar dúvidas. Perguntei sobre o remédio: era importado e tinha que ser armazenado em congelador, não disse o nome. Risco de priapismo: vai ter que comprar outro remédio. A seringa: por minha conta. As consultas de acompanhamento: pagas. Plano de saúde: na experiência dele, eu teria que brigar na justiça pra pagarem meu tratamento.

Expliquei pra ele que aquele preço estava muito além do meu alcance. Me fez uma proposta que continuava muito absurda. Teria que voltar pra casa e dar um jeito antes de assumir aquela dívida. Saí correndo de lá. Em casa, fiz um levantamento de todas as minhas posses e cheguei à conclusão que conseguiria pagar, no máximo, um semestre de tratamento.

Entendam, eu estava em pânico. Foi uma reação emocional tão forte que até hoje me faz duvidar se tenho um lado racional. Mas eventualmente me acalmei e comecei a pensar em tudo que tinha acontecido.

Resolvi procurar uma segunda opinião.

Fui num urologista perto da minha casa, o mais próximo que aceitava meu plano. Primeira consulta com ele, pensei em não contar que aquilo era uma segunda opinião, fingi que era minha primeira consulta sobre o tal incômodo.

Ele, então, me explicou que provavelmente tenho disfunção erétil (sem novidades até aqui) e que o tratamento começava com avaliação psicológica e terapia sexual.

De novo, "Oi?"

-"Isso não pode ser algum problema físico? Pq me sinto bem, mentalmente." (resumo)

-"A maioria dos casos têm origem psicológica. O procedimento começa aí. Se, eventualmente, não resolver, passamos a investigar causas físicas." (resumo)

E aí contei pro médico minha aventura na Boston. Ele ouviu tudo, boquiaberto em alguns momentos, e me perguntou se eu estava com o laudo dos exames que fiz lá. Foi quando percebi que não me entregaram nada além de um post-it que constava 20 mil por 12x. Ele disse que, por coincidência, tinha participado de um congresso sobre saúde sexual há pouco tempo e que o procedimento recomendado por todos lá é sempre priorizar o tratamento psicológico.

Me disse, também, que o tratamento proposto pela Boston era potencialmente perigoso pois injeções frequentes no corpo cavernoso podem levar ao surgimento de calcificações que piorariam drasticamente qualquer quadro. Além disso, existem formas mais seguras de aplicar o mesmo remédio, prostaglandina E1, e drogas ainda mais seguras com o mesmo efeito.

Explicou, finalmente, que clínicas como a Boston fazem um tipo de terrorismo emocional contra clientes para vender tratamentos desnecessários a preços absurdos.

Enough said.

Peguei a receita para tratamento psicológico, olhei na lista do meu plano, marquei consulta, fiz a terapia, problema resolvido. Usei tadalafila por um tempo mas não preciso mais.

Aquele exame, o do "seu pau é velho", provavelmente foi forjado pra me deixar em pânico e pagar 40k/ano. E não me entregaram nenhuma fotografia ou laudo pra avaliação de outro profissional.

E mais: privacidade uma ova. Aquele espaço reservado foi a única gota de privacidade que tive desde que liguei pra marcar a consulta na Boston. Lá na clínica eles pintam um climão de esconder tudo e todos lá dentro. Sabem… preservar a privacidade dos clientes, já que absolutamente ninguém pode saber que seu pau não funciona. Nem placa da clínica tem no lado de fora do prédio.

Mas é isso. Só isso. Lá dentro cruzei com no mínimo uns 4 clientes. Ouvi os nomes deles e tudo. Se tivesse uma memória boa, poderia reconhecê-los na rua.

Além disso, aparentemente todos os funcionários da Boston têm acesso à sua ficha. O vendedor tinha. O atendente tinha. Até hoje me ligam perguntando se não tenho interesse em "prosseguir com meu tratamento para disfunção erétil, senhor Fulano de Brasília e número (61) …" (e eu duvido que as vozes do telemarketing são de médicos e tem voto de sigilo com minha ficha médica e dados).

A cada dois dias um SMS "BOSTON MEDICAL GROUP: inicie seu tratamento!".

Pau no cu desses desgraçados.

, https://www.reddit.com/r/brasil/comments/ocx6s0/sexo_é_vida_minha_experiência_com_a_boston/ , https://reddit.com/r/brasil/comments/ocx6s0/sexo_é_vida_minha_experiência_com_a_boston/ , 1625315528 , , ocx6s0 , self.brasil , 2024 , jovemnaomistico , , , , , , , jovemnaomistico , 2021-07-03 12:32:08 , yes , Ei, r/brasil , Prompt, #Sexo #vida #Minha #experiência #Boston #Medical #Group, #Sexo #vida #Minha #experiência #Boston #Medical #Group, 1730451287, sexo-e-vida-minha-experiencia-com-a-boston-medical-group

Primeiro: este é um repost. O original está aqui.

Resolvi repostar num sub maior pois acredito que meu relato teve um impacto positivo. MUITOS homens me mandaram mensagens privadas perguntando sobre meu tratamento e relatando problemas semelhantes ao que tive.

Sabendo que o tabu mantido sobre saúde sexual masculina é um dos maiores obstáculos que impede homens de procurar tratamento, vou insistir em manter o assunto em pauta. Também, aproveito para repetir o aviso em canal maior.

Aos homens que lerão o texto e quererão falar comigo, recomendo: procurem (boa) ajuda médica.

A seguir, o texto na íntegra:

Sexo é vida, né? Acho que todos que leram alguma revista de grande circulação no Brasil já devem ter visto essa propaganda. A Boston Medical Group é famosa no ramo de saúde sexual masculina, mundialmente.

Minha intenção aqui é relatar tudo que aconteceu quando me consultei com eles, procurando ajuda médica para um possível problema sexual.

Em agosto de 2019 comecei um relacionamento. A relação era boa, o sexo também, mas eu não conseguia manter uma ereção prolongada. Isso não era problema para ela pois sexo não é só penetração, e também não era tão problemático pra mim pois… rolava. Mas me incomodava um pouco não conseguir manter o pau durasso por meia hora. (vai vendo…)

Aí procurei a Boston. Sexo é vida.

Moro em Brasília e marquei uma consulta na clínica deles por aqui. Fica num edifício comercial no eixo monumental, bem próximo aos ministérios e praticamente ao lado da catedral.

Na clínica um rapaz bem simpático fez meu atendimento e me entregou uma ficha para preencher. Essa ficha perguntava dados pessoais, contato, e um breve histórico médico focado em problemas sexuais ou condições ligadas a eles. Me apontou um espaço reservado para preenche-la. Era bem pequeno: uma poltrona, uma mesinha minúscula e a porta de vidro translúcido.

Preenchi a ficha em 5 minutos, o rapaz a recolheu e ofereceu café, e permaneci na poltrona por mais 25 minutos até ser atendido pela médica.

Foi uma surpresa ser atendido por uma médica. Imaginei que seria atendido por um homem pois todos os funcionários que vi eram homens e também, vcs sabem, o machismo e masculinidade frágil e etc.

A médica tinha uma franqueza agradável. Revimos a ficha que preenchi, respondi cada pergunta novamente e com mais profundidade quando ela julgava necessário. A consulta prosseguiu e finalmente expliquei que os procurei pois meu pau não conseguia se manter ereto por muito tempo e tals. E aí começou o pesadelo.

Dando nome aos bois: disfunção erétil. A médica disse que isso geralmente é um problema vascular e teria que avaliar os vasos do meu pau pra determinar se ele é bem irrigado. Pra isso, era necessário fazer um doppler na base dele.

Na minha experiência com médicos, esse seria o momento que ela me passaria um pedido de exame. Mas não: o aparelho já estava no consultório.

O exame seria feito deitado e de calças arriadas. Eu agi como se estivesse fazendo aquilo pela primeira vez, a médica como se fosse a milionésima. Ela passou aquele gel gelado na base do meu pau, botou a sonda e aí apareceu a imagem dos meus vasos na tela.

Ela disse que os vasos pareciam muito finos mas isso poderia ser normal pois eu não estava com uma ereção naquele momento. Disse, então, que era necessário fazer o mesmo exame durante uma ereção para descobrir se estes vasos expandem quando necessário. Para isso, precisaria aplicar uma injeção no meu pau.

A ideia de uma injeção no pau não me agradou muito mas, né, vamos lá.

Ela buscou uma seringa bem diferente daquele formato clássico usual. A agulha era minúscula, devia ter uns 5 milímetros de comprimento, no máximo 1 cm, e bem fina. A dose era aplicada pela própria seringa, a médica só precisou enterrar a agulha. Não doeu nada, e por "nada" não quero dizer "muito pouco": foi indolor mesmo.

A injeção levaria um tempo para fazer efeito, então fui dispensado e voltei para o mesmo espaço reservado de antes. Enquanto isso, a médica atendia outro cliente.

5 minutos depois, senti uma coceirinha. 10 minutos depois o pau já tava duro. Aos 15 continuava duro. Aos 20 fui chamado de volta. Mesmo procedimento – deitado e calças baixas, gel gelado, sonda na base, imagem na tela.

Aí ela me disse (e lembro perfeitamente dessas palavras): "Vc tem a vascularização de um homem de 60 anos.". Detalhe importante: eu tinha 25 anos naquele momento. Meu sangue gelou.

Exame acabado, veio outra injeção e o pau murchou dentro de 5 minutos.

Nesse tempo, agora sentados à mesa, ela explicou que meus vasos mal se expandiam, que o fluxo de sangue seria realmente insuficiente e que não seria possível manter uma ereção duradoura nessas condições, e que meu caso era um dos piores que ela já viu. Como eu já era um homem crescido, os vasos já teriam passado pela fase final de crescimento e provavelmente essa condição estrutural seria pra vida toda. Eu PRECISARIA fazer um tratamento com injeções do mesmo remédio aplicado para fazer o exame. A duração média desse tratamento era de um ou dois anos mas no meu caso provavelmente seria necessário bem mais tempo.

Esse era o veredito. "Vc tem pau de idoso." Injeção no pau por um ano, com possibilidade de extensão pra sei lá quanto tempo.

Eu tava sem chão, foi a pior sensação da minha vida. Saudável a vida toda, nunca tive problemas de saúde, e aí numa consulta inocente para um simples incômodo descubro que meu pau veio com defeito de fábrica. O que mais poderia ter defeito?

Enfim, ainda sem conseguir digerir tudo isso, fui empurrado pra fora do consultório sem muita oportunidade para perguntas (que ainda não conseguia elaborar, também). Um homem veio e me puxou para uma sala próxima do consultório. Era o vendedor.

Ele queria saber se a médica tinha me explicado tudo sobre o tratamento e se eu tinha alguma dúvida. Eu, ainda em vertigem, disse que não, pode prosseguir. Então seguiu explicando que as injeções seriam aplicadas por mim com certa frequência e haveriam consultas de acompanhamento com a médica para avaliar a evolução.

Puxou uma maquininha e "O seu cartão é Visa ou Master?" Ainda zonzo, puxei meu cartão de crédito NuBank de universitário fodido. Foi aí que meu cérebro deu um estalo bem sonoro dentro do meu crânio e eu acordei. "Peraí, quanto é esse tratamento?", perguntei. A resposta: 20 mil reais por semestre. 12 se pagar a vista em dinheiro.

"OI?"

E aí eu comecei a tirar dúvidas. Perguntei sobre o remédio: era importado e tinha que ser armazenado em congelador, não disse o nome. Risco de priapismo: vai ter que comprar outro remédio. A seringa: por minha conta. As consultas de acompanhamento: pagas. Plano de saúde: na experiência dele, eu teria que brigar na justiça pra pagarem meu tratamento.

Expliquei pra ele que aquele preço estava muito além do meu alcance. Me fez uma proposta que continuava muito absurda. Teria que voltar pra casa e dar um jeito antes de assumir aquela dívida. Saí correndo de lá. Em casa, fiz um levantamento de todas as minhas posses e cheguei à conclusão que conseguiria pagar, no máximo, um semestre de tratamento.

Entendam, eu estava em pânico. Foi uma reação emocional tão forte que até hoje me faz duvidar se tenho um lado racional. Mas eventualmente me acalmei e comecei a pensar em tudo que tinha acontecido.

Resolvi procurar uma segunda opinião.

Fui num urologista perto da minha casa, o mais próximo que aceitava meu plano. Primeira consulta com ele, pensei em não contar que aquilo era uma segunda opinião, fingi que era minha primeira consulta sobre o tal incômodo.

Ele, então, me explicou que provavelmente tenho disfunção erétil (sem novidades até aqui) e que o tratamento começava com avaliação psicológica e terapia sexual.

De novo, "Oi?"

-"Isso não pode ser algum problema físico? Pq me sinto bem, mentalmente." (resumo)

-"A maioria dos casos têm origem psicológica. O procedimento começa aí. Se, eventualmente, não resolver, passamos a investigar causas físicas." (resumo)

E aí contei pro médico minha aventura na Boston. Ele ouviu tudo, boquiaberto em alguns momentos, e me perguntou se eu estava com o laudo dos exames que fiz lá. Foi quando percebi que não me entregaram nada além de um post-it que constava 20 mil por 12x. Ele disse que, por coincidência, tinha participado de um congresso sobre saúde sexual há pouco tempo e que o procedimento recomendado por todos lá é sempre priorizar o tratamento psicológico.

Me disse, também, que o tratamento proposto pela Boston era potencialmente perigoso pois injeções frequentes no corpo cavernoso podem levar ao surgimento de calcificações que piorariam drasticamente qualquer quadro. Além disso, existem formas mais seguras de aplicar o mesmo remédio, prostaglandina E1, e drogas ainda mais seguras com o mesmo efeito.

Explicou, finalmente, que clínicas como a Boston fazem um tipo de terrorismo emocional contra clientes para vender tratamentos desnecessários a preços absurdos.

Enough said.

Peguei a receita para tratamento psicológico, olhei na lista do meu plano, marquei consulta, fiz a terapia, problema resolvido. Usei tadalafila por um tempo mas não preciso mais.

Aquele exame, o do "seu pau é velho", provavelmente foi forjado pra me deixar em pânico e pagar 40k/ano. E não me entregaram nenhuma fotografia ou laudo pra avaliação de outro profissional.

E mais: privacidade uma ova. Aquele espaço reservado foi a única gota de privacidade que tive desde que liguei pra marcar a consulta na Boston. Lá na clínica eles pintam um climão de esconder tudo e todos lá dentro. Sabem… preservar a privacidade dos clientes, já que absolutamente ninguém pode saber que seu pau não funciona. Nem placa da clínica tem no lado de fora do prédio.

Mas é isso. Só isso. Lá dentro cruzei com no mínimo uns 4 clientes. Ouvi os nomes deles e tudo. Se tivesse uma memória boa, poderia reconhecê-los na rua.

Além disso, aparentemente todos os funcionários da Boston têm acesso à sua ficha. O vendedor tinha. O atendente tinha. Até hoje me ligam perguntando se não tenho interesse em "prosseguir com meu tratamento para disfunção erétil, senhor Fulano de Brasília e número (61) …" (e eu duvido que as vozes do telemarketing são de médicos e tem voto de sigilo com minha ficha médica e dados).

A cada dois dias um SMS "BOSTON MEDICAL GROUP: inicie seu tratamento!".

Pau no cu desses desgraçados.

By Diario

31 thoughts on “Sexo é vida – Minha experiência com a Boston Medical Group”
  1. Esses caras da Boston são foda.. Nunca me esqueço da vez que tava em começo de namoro e acabei dando um tiro bem rápido (mesmo imaginando o tim maia de biquini na hora). Depois disso entrei no carro com a minha parceira pra ir buscar um McDonalds e quando ligo o rádio : “VoCÊ tEm PrOBleMaS cOM EJacULaÇãO PreCoCE???” Não sabia onde enfiar a cara

  2. Incrível como essa clínica faz propaganda em peso na TV. Devia rolar uma campanha pra barrar a propaganda na TV e conscientizar as pessoas do perigo. Eu mesmo se tivesse algum problema sexual talvez recorreria a clinica, devido a influência das propagandas. Agora com esse post nunca nem vou passar perto se um dia precisar.

  3. OP, duas coisas.

    1) todo paciente tem o direito de receber cópia de seu prontuário médico completo. Se jogar no Google vc acha a norma que prevê esse direito. Eu acho válido, sim, contatar formalmente a clinica e solicitar a integra do seu prontuário, para poder levar para seu outro médico

    2) você ficou surpreso com a médica ser mulher, eu já acho que isso é de propósito. Uma mulher jovem falando que seu pau não funciona e tem a solução mágica pra resolver o problema deve converter MUITO mais em vendas do que um velho carcomido te dando a mesma notícia, pois “ataca” muito mais sua masculinidade

  4. Só pelo nome da clínica já percebi que era scam.

    Normalmente é isso, saúde sexual do homem é apenas reflexo da saúde masculina. Por isso é um tabu tão grande.

    Fico feliz que tenha resolvido seu problema.

    Outra coisa, em nenhum momento eles podem te ligar te constrangendo e coagindo a fazer o tratamento absurdo deles.

  5. Sou Urologista, trabalho no Rio, e como em qualquer outro grande centro, aqui esses ~~patifes~~ FILHOS DE UMA PUTA têm grande presença. Como já conheço as peças, não preciso ler seu relato pra saber o que houve, então sinceramente não li na íntegra, só até quando fizeram seu Doppler com TEFI.

    OP, estou numa throwaway por motivos bem óbvios. Vi o título do seu post, e ele por si só já foi suficiente pra saber o provável resultado da história.

    Dentro da sociedade de Urologia, são amplamente reconhecidos como literalmente GOLPISTAS. Trabalho em clínica popular hoje em dia por razões sociais, e a quantidade de paciente que chega lá dizendo que recebeu indicação de colocação de prótese é simplesmente inacreditável.

    E o pior: a maioria procura atendimento em clínica popular simplesmente porque não conseguem pagar o tratamento que ofereceram – não pelo bom senso que você teve de perceber que é um esquema altamente desonesto e danoso.

    Já fiz representação junto ao CREMERJ sobre isso, mas sinceramente o órgão é leniente demais com esse apanhado de bandidos. Não sei se existe uma corrupção específica envolvendo eles e os CRM’s – que já são instituições essencialmente corporativistas.

    Pelo que entendi, te ofereceram terapia intracavernosa apenas. Pra você, “resolveria” (com muitas aspas) mas é uma putaria infinitamente maior quando eles indicam prótese.

    O implante de prótese é dentro do corpo cavernoso – o tecido responsável por ser insuflado de sangue e levar ao aumento do comprimento, calibre e rigidez do pênis.

    O implante de prótese destrói irreversivelmente o corpo cavernoso. É literalmente destruir a vida das pessoas por dinheiro!

    Guarda tudo o que vc tiver de documentação, seu Doppler se te forneceram, qualquer coisa que tiver e procura a ouvidoria do CRM do seu estado. Sei que é escroto te responsabilizar mesmo você estando em condição de vítima, mas é a única coisa que podemos fazer.

    Quanto ao seu problema, é importante você procurar um urologista honesto – somos maioria, acredite! E entender que 99% (não é uma estatística oficial, encare mais como uma figura de linguagem) das DE na sua idade são associadas a causas não orgânicas – a não ser que vc seja hipertenso, diabético, obesto e vasculopata, o que vc precisa é organizar sua cabeça, controlar seus sentimentos (sobretudo a ansiedade). É chato, é demorado, é cansativo, mas vc precisa ir a um Uro sério que vai descartar causas orgânicas e provavelmente te encaminhar à psicoterapia. Lá é onde a sua mágica vai acontecer! Muito raramente um paciente como você precisa receber ajuda farmacológica (provavelmente nem vai ser inibidor de PDE-5 AKA Cialis, Viagra e afins).

    Um conceito novo, e que responde por uma fatia grande de disfunções sexuais em adultos jovens é a PIED – Pornography Induced Erectile Dysfunction. Talvez urologistas formados há mais tempo e que não se aperfeiçoem frequentemente possam não conhecer, mas infelizmente isso é uma realidade só recentemente reconhecida. O nome é autoexplanatório e é um problema importante se saúde pública.

    Boa sorte, meu amigo!

    Tl;dr: São caloteiros mesmo. Busque representação no CRM do seu estado. Esquece tudo que lhe foi dito lá, nunca mais volte e procure alguém honesto. Te dou 99% de certeza de que em boas mãos – sem trocadilho – você resolve seu problema.

  6. É cara, que bom que você teve a presença de espírito de ir atrás de uma segunda opinião. Penso que você deve ter ponderado bastante antes de se expor novamente.

    Mas a medicina tá cada vez mais isso aí: um meio de arrancar o dinheiro de quem tem boa fé. Médicos bons, que focam no paciente e não na doença/retorno financeiro, tão cada vez mais escassos. Precisas ver o quanto já ouvi pacientes reclamarem de médicos que te tratam mal se você tiver plano de saúde, mas mudam drasticamente quando a consulta é particular (isso quando não tentam empurrar tratamentos e cirurgias pra coisas que podem ser tratadas de outras formas).

  7. > Além disso, aparentemente todos os funcionários da Boston têm acesso à sua ficha. O vendedor tinha. O atendente tinha. Até hoje me ligam perguntando se não tenho interesse em “prosseguir com meu tratamento para disfunção erétil, senhor Fulano de Brasília e número (61) …” (e eu duvido que as vozes do telemarketing são de médicos e tem voto de sigilo com minha ficha médica e dados).
    A cada dois dias um SMS “BOSTON MEDICAL GROUP: inicie seu tratamento!”.

    A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já ta valendo desde o ano passado. Documente seus pedidos para que eles interrompam os contatos e documente todos os contatos seguintes. Você pode ganhar uma bela indenização na justiça. É seu direito, inclusive, solicitar que eles deletem seus dados.

  8. Como psicólogo posso dizer que seu urologista é um cara muito incrível. Existem artigos que chegam a afirmar que até 80% dos casos de disfunção erétil estão diretamente ligados à problemas psicológicos, dispensando tratamentos cirúrgicos. Muitos (e eu quero dizer MUITOS) médicos fingem que isso é mentira porque são arrogantes demais pra encaminhar o paciente à um psicólogo, então você achou um excelente profissional! Dito isso, tem muitas outras disfunções sexuais que tem raízes psicológicas e podem ser tratadas apenas com psicoterapia, o que explica algumas porcentagens baixas de sucesso no tratamento medicamentoso de muitos problemas sexuais (o medicamento serve pra tratar o sintoma, mas se você não resolve a causa, o sintoma dificilmente deixa de aparecer). Homens: busquem psicólogos, façam psicoterapia, não é coisa de doido nem coisa de gente fraca, é coisa de ser humano que se importa com sua saúde e o bem estar de todos ao redor.

  9. Como mulher, lendo seu relato eu fico pensando como a cultura do pornô/macho alfa é detrimental pra todo mundo…

    30 minutos de penetração? Caralho haja lubrificante!

    As vezes a gente cria problema que não existe na nossa cabeça por medo ou vergonha de perguntar pra parceira(o) se a pessoa está satisfeita ou não.

  10. imagino o que vc passou. já me falaram que eu tinha uma doença degenerativa que ia me deixar cego (“3 chances em 5 de perder a visão”) simplesmente pra me vender umas lentes de contato da marca X “que é melhor pra blá-blá-blá”.

    acabei pagando pelo choque na hora, mas alguns dias depois me ocorreu que foi meio absurdo aquele diagnóstico, exame rápido e tal… depois me consultei com 3 oftalmologistas especialistas na doença que falaram que eu tinha (ceratocone)pra ter certeza que eu não tinha nada… e eu não tinha mesmo.

    não vou mentir não, cara. se eu vejo aquele médico na rua hoje eu vou pra cima e espanco. ainda tenho vontade de botar fogo naquela clínica.

    Instituto Penido Burnier em Campinas

  11. Que bom que você não caiu nessa mesmo, OP!

    Eu tive alguns problemas de ereção no passado, na verdade ainda tenho de vez em quando. Sempre ligado ao psicológico… graças a Deus fui no urologista primeiro e ele falou: desencana de procurar outras explicações seu problema é psicológico… e de fato… ansiedade e insegurança! Resolvi isso e foi suave…

    As vezes quando chego em casa depois de muito trânsito já sei que não da nem pra tentar… aí primeiro relaxo e só aí funciono…

  12. Fico feliz que no final das contas tudo saiu conforme, OP! Maravilha mesmo!

    Não é off topic, porém, não relacionado 100%:

    De homem para homens, comecem a seguir esses perfils de ‘desconstrução’ principalmente no quesito sexual . Pode parecer bobeira, mas assim como uns já sabem, muito dos nossos problemas estão também ligados ao como fomos educados, machismo, pornô, idealização de mulher, mitos e mentiras que outros homens nos contaram, entre outros assuntos.

    É incrivel e libertador ouvir outros homens falando abertamente de seus problemas sexuais / de relacionamento, como foram combatendo e se curando (ou pedindo ajuda para tal), o que ainda lhes incomoda, entre outros assuntos. Só de estar numa roda de apenas homens, livre de julgamentos e onde todos se identificam de alguma forma é muito bom. Também é muito bom fazer parte de um grupo de heteros em que os prazeres sexuais não são um tabu, então rola muita troca de experiencias novas (ou não) que são consideradas tabus para o mundo machista/hetero, como um simples fio terra. Me supreendi o quão abertamente e sério muitos falam de fio terra, lambida, e até de que gostam que a parceira use pau de borracha.

    Eu mesmo fui viciado em punheta e pornô, a ponto de atrapalhar minha vida sexual, pois ao longo do dia eu perdia a vontade de transar. Uns vão ficar palidos agora, mas meu vicio era de 1 a 2 punhetas por dia. Isso não signfica que você que bate 5 punhetas esteja tendo problemas como eu tive, ainda mais se for um moleque de 20 anos com hormonios na flor da pele. Acredito que “vicio” é quando atrapalha sua vida de alguma forma. Bater 5 punhetas te atrapalha em algo? Não? Então não se preocupe e siga batendo suas gloriosas punhetas. Cada um é um.

    Acreditava que largando a cultura do pornô resolveria meu problema com punheta, pois toda punheta acompanhava de um bom pornô. De fato, ajudou, mas ajudou apenas na questão de eu começar a normalizar o corpo da mulher, e humanizar o sexo. Humanizar a mim mesmo! Tô a pelo menos 1 ano sem abrir um site ou vídeo pornô. Enfim, melhorou e muito minha vida sexual DURANTE o sexo, porém, o problema da punheta seguia. Desta vez, o que me excitava eram pessoas normais. Bastava ver no feed do insta uma amiga gata postar uma foto de biquini ou sexy que o pau já piscava. Bastava ver uma mina gata na rua que a mesma coisa acontecia. Hoje, já consigo ver praticamente todas as mulheres do mundo como simplesmente mulheres. Sendo gata ou não, gostosa ou não, pelada ou com roupa… meu desejo sexual atuamente está se despertando quase que 100% por como a pessoa é ‘internamente’. Pau não fica mais piscando porque viu um par de belas coxas e bunda na rua. Claro que alimenta o fogo, mas esse fogo agora só se acende com ‘conexão’.

    ​

    Por outro lado, notei também que esse vicio por punheta que tive desde meus 12-13 anos, gerou um outro problema: Gozar ‘rapido’. Durante uma época eu era muito 8 ou 80. Ou eu conseguia ficar ‘horas’ transando tranquilo, ou meu pau parecia um vulcão que queria explodir nos primeiros 30 segundos e tinha que abusar da famosa estratégia de ficar trocando de posição ou gozar ali mesmo para 5 minutos depois ir para o segundo round com tranquilidade. Pra não prolongar ainda mais o texto, até porque esse ultimo problema é interligado com N coisas, fui ‘curando’ através de toda essa normalização, humanização, conhecimento do meu corpo, de como ele funciona, e tudo isso a respeito da parceira e seu corpo também.

    Enfim, manos. Se alguém já percebeu que sofre com algo do gênero, recomendo muito que apenas siga alguma página, não necessariamente participar. Só de ouvir/ler algumas coisas já é suficiente pra percerbermos pequenos problemas ou coisas que podemos ou DEVEMOS melhoar/mudar.

    Infelizmente, a maioria dos homens (hetero, desconheço o mundo gay) sofre com algum problema sexual ou algo lhe incomoda. Também infelizmente, a maioria sofre mas não sabe / não admite. Ironicamente, o machismo lhe fez ter X problemas e o proprio machismo faz com que ele não vá atrás porque “sou machão e não tenho nada de errado / isso é coisa de viado / tô nem ai pro prazer da mina, gosto de britadeira e é isso aí! isso é mimimim”.

    Uma das minhas páginas preferidas, até porque é da minha cidade:

    [https://www.instagram.com/masculinidade.saudavel/?hl=en](https://www.instagram.com/masculinidade.saudavel/?hl=en)

  13. Quando era menor eu sempre senti nojo dessa clínica por quê passava na hora do almoço e bem… Não é legal almoçar ouvindo sobre ejaculação precoce. Agora eu paro e penso em como as pessoas que sofrem desses problemas (seja homens ou mulheres, por quê mulher também tem alguns dos mesmos problemas) ouvindo isso enquanto almoçam com seus parceiros e família e ter de fingir demência.

    Aí eu passei a me sentir mal por elas.

    Também comecei a questionar quantas procuram (principalmente rapazes jovens) a clínica e não têm problema algum, só acham que têm por quê o ator XYZ do pornozão tal aguenta 3 horas de bimbada blá blá blá.

    Sabendo disso agora podemos perceber que é de uma irresponsabilidade sem tamanho.

  14. Nunca tive problema de disfunção erétil, mas dada minha incurável curiosidade eu já me aprofundei no tema de *”como ter a ereção perfeita sempre”*, algo que obviamente é impossível, mas divago…

    Nessa jornada eu não só aprendi como também percebi que períodos de ereção “menos impressionantes” sempre ocorrem acompanhados de:

    – excesso de estresse
    – falta de sono
    – falta de atividade física
    – excesso de alimentos vasoconstritores
    – falta de alimentos vasodilatadores
    – falta de vitamina D

    Quando estou estressado, dormindo pouco, sedentário, comendo muito carboidrato, tomando muito café e pegando pouco sol, é certo de minhas ereções não serem iguais aos meus melhores momentos. Quando faço tudo certinho nos itens acima, pareço um adolescente. Ao ponto até de, em certas ocasiões, emendar uma atrás da outra, sem nem deixar o garoto respirar.

    Então se alguém aí estiver preocupado com isso, dá uma atenção maneira pros itens que mencionei acima. Garanto que vai melhorar as coisas.

    Obs.: Tadalafila funciona pacas (pois vasodilatador) e, segundo sei, não causa dependência física, mas eu prefiro não usar para evitar uma dependência psicológica. Tenho um grande amigo que ficou tão apaixonado pelo próprio pau, com tafalafila, que não vê mais graça em sua ereção normal, mesmo que não tenha nada de errado com ela. Eu particularmente reservo o uso para situações especiais, como uma viagem romântica, onde quero garantir uma boa lembrança e também não correr o risco de algum dos fatores acima não estar muito ajustado.

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